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Samouco – Apreensão de mais de 8 toneladas de bivalves

A Unidade de Controlo Costeiro, através do Subdestacamento de Controlo Costeiro de Fonte da Telha, ontem, dia 11 de fevereiro apreendeu 8 200 quilos de bivalves da espécie “ruditapes philippinarum”, vulgarmente conhecida como amêijoa-japonesa, com o valor de 82 000 euros, na localidade de Samouco.

No decorrer de uma ação de vigilância, que visava o combate à prática da apanha desta espécie, foi identificado um homem de 43 anos, que detinha os bivalves armazenados num espaço improvisado, o qual não reunia as condições higiossanitárias para o seu armazenamento, assim como os bivalves não se encontravam acompanhados dos documentos de registo obrigatórios por lei.

Desta ação resultou ainda a apreensão de duas balanças, as quais eram usadas para pesar os bivalves, bem como, 963 euros em numerário, presumivelmente destinados ao pagamento dos bivalves aos apanhadores, tendo sido elaborado um auto de noticia por contraordenação por falta de documentação referente aos bivalves, punível com coima até 3740 euros.

A amêijoa-japonesa tem obrigatoriamente de ser colocada num centro de depuração licenciado para o efeito, sendo este um estabelecimento que dispõe de tanques alimentados por água do mar limpa, nos quais os moluscos bivalves vivos são colocados durante o tempo necessário para reduzir a contaminação, de forma a torná-los próprios para consumo humano. Após este processo são encaminhados para um centro de expedição, para poderem ser colocados à venda no mercado, onde é garantida a qualidade do acondicionamento, da calibragem e da embalagem dos bivalves, evitando a sua contaminação.

A apanha desta espécie no estuário do Tejo e a sua posterior comercialização sem que sejam sujeitos a qualquer tipo de depuração constitui um elevado risco para a saúde pública devido à elevada concentração de toxinas presentes nos bivalves.

Os bivalves, por se encontrarem vivos, foram devolvidos ao habitat natural.

 



12-02-2019 00:00:00