Após uma denúncia de um cidadão a informar que o animal se encontrava a deambular num terreno, os militares deslocaram-se ao local e recolheram a ave, um exemplar juvenil de gyps fulvus, conhecida por grifo, que aparentava estar debilitada.
A ave foi libertada na semana passada pelo Centro de Estudos e Recuperação de Aves Selvagens (CERAS) de Castelo Branco, tendo sido marcada com anilha metálica e marcas alares, que permitem o seu seguimento, contudo, não conseguiu adaptar-se ao habitat natural.
Depois de recolhido, o grifo foi entregue no CERAS, para monitorização do seu estado de saúde, recuperação e nova libertação.
O estatuto de conservação dos grifos em Portugal é de “quase ameaçado”, dado existirem menos de mil exemplares no país, com uma população reprodutora de cerca de 400 casais, principalmente no Douro e Tejo Internacional, que, têm como principais ameaças, a utilização de iscos envenenados para eliminar predadores de espécies pecuárias (p. ex. a raposa e o lobo), a redução da disponibilidade de cadáveres e a degradação e perturbação humana dos habitats de nidificação.