Numa ação de patrulhamento fluvial levada a cabo com o objetivo de controlar as regras de captura de pescado e segurança marítima, os militares da Guarda detetaram nove viveiros ilegais contendo diversos crustáceos e 20 quilos de enguia-europeia, uma espécie em vias de extinção que necessita de um certificado da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES) para sua deteção.
As enguias-europeias entram num ciclo migratório natural para o mar, permitindo a reprodução das larvas que originará o vulgarmente conhecido por meixão. Em viveiros, essa espécie não segue o ciclo natural, contribuindo para a sua extinção.
Pela instalação deste tipo de culturas em águas interiores, sem qualquer licenciamento e pela apreensão dos respetivos viveiros, foi aberto um processo contraordenacional para apuramento de responsabilidades pelas infrações que poderão ser puníveis com uma coima máxima de 60 mil euros.
Os crustáceos e as enguias-europeias, por se encontrarem vivos, foram devolvidos ao meio natural.