No âmbito de uma investigação por violência doméstica, os militares da Guarda apuraram que o suspeito, habitual consumidor de bebidas alcoólicas, movido por ciúmes, injuriava e dirigia ameaças de agressões físicas e de morte à vítima, sua esposa de 43 anos, com quem está casado há 20 anos. Desde 2018 que a vítima, cansada da relação abusiva que era alvo, deixou de partilhar cama com o suspeito, facto que o mesmo não aceitou, continuando com os maus-tratos psicológicos sobre a vítima, o que levou ao pedido de divórcio em 2020. O pedido de separação fez com que a escalada de violência aumentasse, levando o suspeito a cometer atos de violação sexual, motivos que levaram a vítima a abandonar a residência, mas que não impediu os atos contínuos de ameaças de morte, com recurso a arma branca, bem como perseguições constantes. Por temer contra a sua integridade física e contra a sua própria vida, a vítima decidiu abandonar a área da residência, levando consigo as filhas de ambos, originando intimidações por parte do agressor aos familiares da vítima e a levar a cabo o pedido de ajuda nas redes sociais, reportando o desaparecimento da família, com o intuito de descobrir o seu paradeiro.
O suspeito foi detido, tendo sido presente ontem, dia 21 de janeiro, a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Matosinhos, onde lhe foram aplicadas as medidas de coação de afastamento da residência e proibição de se aproximar da vítima e filhas, proibição de contactar com a vítima e filhas por qualquer meio e proibição de frequentar os locais frequentados pela vítima, não se podendo aproximar desta num raio de 500 metros, controlado por pulseira eletrónica.