Na sequência de uma investigação que incidiu num crime de poluição, os militares da Guarda deram cumprimento a um mandado de busca num terreno adjacente a um estaleiro, onde detetaram que estavam concentradas várias toneladas de amianto. Foram recolhidas amostras para análise, sendo que posteriormente os resíduos serão retirados e encaminhados para local de tratamento adequado evitando e minorando o risco de contaminação do solo.
Foram constituídos arguidos o proprietário, um homem de 68 anos, e a empresa responsável por depositar e enterrar o amianto, por poluição.
Os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial da Madeira.
A ação contou com o reforço do Núcleo de Proteção do Ambiente (NPA).
O amianto é uma fibra natural proveniente de vários minerais e a sua perigosidade para a saúde reside na inalação das suas fibras. A presença de amianto num edifício não constitui, por si só, um risco para a saúde. O perigo está associado à danificação de materiais que o contêm, pelo potencial de libertação de fibras, inalação e posterior alojamento nos pulmões.
A GNR apela para o facto da remoção, transporte e armazenamento dos materiais com amianto ter de ser feita por especialistas, obedecendo a um conjunto de requisitos obrigatórios. Em caso de dúvida, sugere-se a consulta do site da APA para obtenção da lista de operadores de gestão de resíduos licenciados para o tratamento de RCDA.