No âmbito de uma situação de violência doméstica, os militares da Guarda apuraram que o suspeito, caracterizado por ser uma pessoa impulsiva e violenta, era casado há 11 anos com a vítima, sua esposa de 39 anos. Foi possível apurar-se ainda que a relação entre ambos sempre foi pautada por episódios de violência verbal e física. No último ano, a vítima conseguiu manter uma atividade profissional enquanto o suspeito esteve emigrado, facto que levou o agressor a adotar estratégias para controlar as rotinas da vítima, passando ainda a adotar um comportamento extremamente possessivo, limitando as pessoas com quem se deveria relacionar. Após o regresso do agressor, os episódios de violência aumentaram, levando a que a vítima fosse alvo de novas agressões físicas e de ameaças de morte, factos que levaram a mesma a abandonar a residência, juntamente com os dois filhos de 9 e 11 anos.
Perante os factos, o suspeito foi detido e presente, ontem, dia 20 de dezembro, a primeiro interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Penafiel, onde ficou sujeito às medidas de coação de proibição de se aproximar, permanecer ou frequentar a habitação da vítima, proibição de a contactar, por qualquer forma ou meio ou por interposta pessoa, controlado por pulseira eletrónica, num raio de 500 metros.