No âmbito de uma operação direcionada ao combate ilegal da pesca do meixão, espécimes em fase larvar de enguia (Anguilla anguilla), os militares e elementos da Equipa de Proteção Florestal (EPF) apreenderam e removeram, do leito do Rio Tejo, dez redes ilegais de captura de meixão, quatro ferros/âncoras utilizados para prenderem os artefactos de pesca e os espécimes nelas contidos.
O método utilizado pelos pescadores, nomeadamente, a utilização de redes com diâmetro muito inferior ao permitido nas redes de pesca profissional, para além da captura do meixão, têm também impacto na restante fauna fluvial e ainda na segurança da navegação na massa de água onde estão colocadas.
Esta espécie de peixes catádromos, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) encontra-se com o estatuto de conservação: “Criticamente em Perigo”, o que significa que corre “risco de extinção na natureza extremamente elevado”, pelo que a pesca do meixão é apontada como um dos principais fatores de ameaça para a espécie, recordando-se ainda que esta atividade é proibida em todas bacias hidrográficas nacionais, à exceção do rio Minho.
Por se encontrar em boas condições de sobrevivência, o meixão foi imediatamente restituído ao seu habitat natural.
Os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Benavente.
Esta ação contou com o reforço da Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS), através do Núcleo Especial de Operações Subaquáticas (NEOS).