No âmbito de um processo da Polícia Judiciária Federal de Liège e da Segurança Social belga, foi desenvolvida uma operação que visou desmantelar uma rede organizada internacional dedicada à simulação de contratos laborais, com o propósito de defraudar o sistema de segurança social belga. O modus operandi desta rede consistia na obtenção de vantagens patrimoniais através da celebração de contratos de trabalho fictícios, permitindo, desta forma, a evasão sistemática das obrigações contributivas e fiscais naquele país, provocando um prejuízo superior a 13 milhões de euros.
Para apoiar esta operação internacional, em território português, a Unidade de Ação Fiscal deu cumprimento a 11 buscas, distribuídas pelos distritos do Porto, Viseu e Lisboa. Estas incidiram sobre residências particulares, sedes de sociedades comerciais, dois escritórios de contabilidade e viaturas automóveis, resultando na apreensão do seguinte material:
No âmbito da investigação conduzida em Portugal, foram constituídos arguidos uma pessoa singular e cinco pessoas coletivas, todas a operar em território nacional, sobre as quais recaem fortes indícios da prática dos seguintes ilícitos criminais:
A operação decorreu de forma coordenada em três países – Portugal, Bélgica e Alemanha – contando, em território nacional, com o empenhamento operacional de 30 militares da UAF e de peritos da estrutura forense digital dos Comandos Territoriais de Braga, Castelo Branco, Porto, Viana do Castelo e Vila Real. As diligências foram ainda acompanhadas por cinco elementos das autoridades belgas.