GNR

Comunicado

  Acusação a militares do Destacamento de Odemira

Relativamente ao assunto em epígrafe, informa-se que depois da reportagem emitida pela CNN, pelas 18h00, cumpre esclarecer os factos que dizem respeito ao processo crime que decorre sobre militares da Guarda Nacional Republicana do efetivo do Destacamento Territorial de Odemira.

Neste âmbito, importa referir que existe um processo inicial que data de 2018 e que é denunciado pela própria Guarda.  

Os factos dizem respeito a cinco militares do Destacamento Territorial de Odemira, envolvidos em agressões a indivíduos Indostânicos.

No âmbito das suas competências, a Guarda quando tomou conhecimento dos factos, prontamente reportou-os ao Ministério Público, através de auto de notícia.

Subsequentemente, foi ainda instaurado processo de inquérito, por parte da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI), no sentido de apurar as circunstâncias e a conduta dos militares da Guarda e aplicação de medidas sancionatórias.

De realçar, que em todo o processo, a Guarda para além de denunciante, prestou toda a colaboração nas diversas diligências e atos processuais necessários.

Durante as diligências de investigação do primeiro processo, foram apurados factos que consubstanciam a existência de outros crimes, pelo que foi extraída certidão pelo Ministério Público, que deu origem a um novo processo crime e a um outro Processo de inquérito por parte da IGAI.

Neste segundo processo, estão envolvidos sete militares do Destacamento Territorial de Odemira, em que três deles são reincidentes. Este é o processo que relata a investigação CNN e remonta a 2019.

Relativamente a este segundo processo, que decorre os seus termos no Ministério Público, a Guarda informa que dos sete militares arguidos, dois militares reincidentes encontram-se a cumprir pena de suspensão decretada por S. Ex.ª o MAI.

Os restantes cinco militares aguardam medidas sancionatórias, que são da responsabilidade de atribuição pela IGAI, entidade que tutela o processo de inquérito que ainda decorre.

Nos últimos três anos, 28 militares foram objeto de medidas expulsivas da Guarda, o que revela o rigor e a transparência aplicados, perante os comportamentos desviantes que possam colocar em causa os valores e os princípios da Instituição.

No âmbito da formação, têm existido da parte da Guarda ações de sensibilização e conferências alusivas à temática dos direitos humanos, racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância, procurando assegurar o cumprimento da legalidade democrática e a garantia da segurança interna e dos direitos dos cidadãos.

É ainda importante ressalvar que a Guarda Nacional Republicana, os militares que servem e que já serviram a Instituição, não se reveem na conduta e nos comportamentos desviantes evidenciados, razão pela qual denunciou prontamente a situação, criminalmente e disciplinarmente, sendo que caberá ao Ministério Público e à IGAI as decisões sancionatórias dos comportamentos descritos.

A Guarda reafirma o seu compromisso de tolerância zero às diferentes formas de discriminação e desigualdades, sejam elas através do género, idade, orientação sexual, deficiência, raça, etnia, saúde, religião, nacionalidade, situação económica ou estrato social, pautando a sua atuação diária pela primazia da segurança e da salvaguarda de todo e qualquer cidadão.

 



Data de Inserção: 16-12-2021