GNR

Presidência Portuguesa da FIEP


Comissão de Recursos Humanos


As reuniões da Comissão de Recursos Humanos de 2022, organizadas sob a Presidência Portuguesa, foram realizadas por Videoconferência nos dias 08 e 10 de Março de 2022, centradas no subtema "Impacto do Policiamento Preditivo na Gestão de Recursos Humanos na era da Globalização 4.0".

O objetivo foi analisar os impactos que a adoção de modelos de Policiamento Preditivo e o uso da tecnologia têm na gestão de Recursos Humanos, a fim de aumentar a eficiência da ação humana no seio das Forças de Segurança.

A globalização aporta múltiplos desafios para as Forças de Segurança, competindo aos Estados prover a segurança e assegurar continuamente a eficácia da ação humana para esse efeito nomeadamente através do empenhamento de pessoas qualificadas na área das novas tecnologias.

O policiamento preditivo socorre-se de modelos de análise que possibilitam a prognose da prática de potenciais ilícitos, com benefícios no apoio à tomada de decisão e a respetiva alocação inteligente de recursos, no tempo e lugar que se vislumbra adequado, para prevenir ou reprimir atividades criminosas.

A rentabilização das informações decorrentes do policiamento preditivo potência a eficácia das Forças de Segurança, mas também a sua parcimoniosa gestão. Porém, a cabal adoção dos modelos de policiamento preditivo, depende da capacitação dos próprios recursos humanos nomeadamente através da elevada especialização de alguns elementos que consigam apoiar o desenvolvimento das aplicações tecnológicas.

A reunião da Comissão dos Recursos Humanos promoveu o debate sobre os impactos que a adoção o policiamento preditivo comporta para a gestão das pessoas nomeadamente no recrutamento, seleção, qualificação, gestão e empenhamento operacional, derivado do recurso às atuais tecnologias, de modo a incrementar a eficiência da ação humana.

A plena implementação do modelo de policiamento preditivo juntamente com a adoção de tecnologias inovadoras baseadas na inteligência artificial, dependerá cada vez mais da formação do seu pessoal, mas também da redefinição, no início, dos seus processos de seleção e recrutamento.

Assim, deverá haver um enfoque especial na identificação das competências-chave e do tipo de qualificação em que investir, dirigindo os processos de seleção a pessoal com competências digitais avançadas, tais como cientistas de dados com formação prévia, cujos conhecimentos em áreas como estatística, programação e matemática serão sem dúvida benéficos para a implementação e monitorização de modelos preditivos.

Estas mudanças devem ser transversais e integradas no plano geral de ação das forças de segurança, implicando necessariamente um grande envolvimento ao nível da liderança. Este cenário, no seio dos Estados membros da FIEP, implicará uma maior cooperação e colaboração, melhorando a partilha de conhecimentos e experiências, tais como ferramentas e boas práticas, relacionadas com a transformação da gestão dos recursos humanos, impulsionando as capacidades das forças de gendarmaria para um futuro cada vez mais presente.